Consumo de álcool e os impactos na saúde

14/12/2021 13h16 - Atualizado em 04/01/2022 14h26

Ingerir bebida alcoólica em festas ou em casa depois de um dia de trabalho é natural para diversas pessoas. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, 26,4% da população brasileira consome álcool uma vez ou mais por semana. Muitas vezes, no entanto, o consumo se torna excessivo e pode causar graves consequências para o organismo. 

Dados do Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME) mostram que a ingestão de álcool é o sexto principal fator de risco para a maioria das mortes e incapacidades no Brasil. Segundo a médica psiquiatra Fernanda Baldo Gomes, que atua no Centro de Centro de Acolhimento e Atenção Integral sobre Drogas (CAAD), o álcool acarreta, diretamente, uma série de prejuízos para a mucosa gastrointestinal, o estômago, o intestino e o fígado. 

“O álcool limita a absorção de certas vitaminas pelo organismo, o que faz o indivíduo se sentir mais fraco, cansado e debilitado. A substância também leva o fígado a trabalhar rápido demais, cansando o órgão até ele não conseguir mais exercer suas funções”, explica. 

As bebidas alcoólicas também podem atrapalhar o tratamento de outras doenças. “O álcool acelera a passagem da medicação pelo corpo e ela não vai funcionar da maneira adequada. Além disso, na dependência, aumenta a possibilidade de não tomar o remédio na frequência adequada, o que trará consequências para a sua saúde”, ressalta a psiquiatra.

Consumo abusivo 

Segundo a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, o consumo abusivo é definido pela quantidade de doses ingeridas em um único dia no último mês. No caso das mulheres, essa quantidade é de quatro ou mais doses. Já no caso dos homens, de cinco ou mais. De acordo com a Vigitel 2019, o padrão de consumo de 18,8% da população brasileira é de bebedor abusivo. 

Indicadores do Programa Estadual sobre Drogas desde 2019