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Identificação do consumo abusivo de álcool e outras drogas
11/02/2022 15h11
O consumo de álcool e outras drogas em shows, boates, festas e confraternizações é socialmente aceito e muitas vezes incentivado. O problema é quando, a curto ou longo prazo, esse uso em momentos de descontração e alegria se torna abusivo e acarreta uma dependência química.
Segundo a psicóloga Kátia Joaneza da Costa Silva, que atua no Centro de Acolhimento e Atenção Integral sobre Drogas (CAAD), existe uma série de indícios de que o uso de substâncias psicoativas deixou de ser recreativo. É possível identificar o consumo nocivo quando a pessoa começa a ter alterações psicológicas ou comportamentais nas áreas familiar, pessoal e laboral. “Ela fica agressiva ou se deprime muito rapidamente sempre que faz uso de substâncias psicoativas. Além disso, a ingestão de álcool durante o dia todo, o “beber até cair”, ou o uso de outras drogas até chegar ao ponto de ter paranóias e delírios já apontam o uso abusivo”, afirmou.
A evolução desse quadro para uma dependência química é marcada por indicativos como agitação, falta de paciência e de tolerância, brigas com familiares e amigos, absenteísmo no trabalho e períodos longos na cama ou dentro de casa. E muitas vezes não é o indivíduo o primeiro a perceber esses sinais e sim os familiares, amigos e colegas de trabalho.
“As pessoas ao redor do usuário apontam que o comportamento não está legal, que não é natural ficar daquele jeito e falam que ele está exagerando no consumo de álcool ou outras drogas. A pessoa passa a perceber sua condição apenas quando os prejuízos começam a chegar: suspensão no serviço, brigas com amigos, separações, perda do contato com os familiares, danos financeiros, etc. Só então que ela compreende que precisa de um tratamento”, explica Kátia.
A avaliação profissional é fundamental para uma definição mais assertiva sobre o uso nocivo de álcool e outras drogas. Pessoas que acreditam estar com problemas decorrentes do uso de substâncias psicoativas ou familiares podem buscar atendimento no CAAD ou em unidades de saúde do município onde residem.