Nesta terça-feira (27), a Rede Abraço realizou o lançamento de uma nova iniciativa, o “Projeto Horizontes”, que visa desenvolver ações educativas e preventivas em todo o Estado, voltadas ao fortalecimento de fatores de proteção e habilidades socioemocionais. 

O projeto faz parte do eixo de prevenção da Rede Abraço, e, assim como o Programa, têm os próprios focos que são formados por: educação sobre drogas; protagonismo juvenil e construção de projetos de vida; e articulação comunitária e intersetorialidade. 

De acordo com o subsecretário de Políticas sobre Drogas, Carlos Lopes, o projeto vai possibilitar que as equipes ampliem seu olhar sobre grupos minoritários e vulnerabilizados, sem deixar de atender às demandas das demais comunidades que necessitam das ações.

“Com o Projeto Horizontes, teremos um olhar atento e cuidadoso para grupos historicamente vulnerabilizados — como crianças e adolescentes em situação de fragilidades sociais, povos indígenas, pomeranos, ciganos, quilombolas, comunidade LGBTQIAPN+ e pessoas privadas de liberdade —, sem perder de vista as demais demandas que surgirem no território. Outra diferença fundamental é que nossas ações vão muito além de palestras pontuais. O foco será no estudo aprofundado de cada grupo, na escuta ativa e na construção de metas claras. Sabemos que intervenções isoladas não são suficientes; é preciso um conjunto articulado de ações, com objetivos bem definidos e resultados mensuráveis. Políticas públicas efetivas não podem se sustentar no abstrato — elas precisam ser construídas com base em evidências, indicadores concretos e compromisso com a transformação social”, afirma o subsecretário.

Segundo a gerente de Prevenção e Educação sobre Drogas, Aline Borel, os resultados esperados vão além da prevenção ao uso de álcool e outras drogas, eles incluem também o incentivo à construção de projetos de vida e à participação social.

“As ações realizadas pelo Projeto Horizontes buscam promover o desenvolvimento saudável de crianças, adolescentes e minorias sociais por meio da educação crítica sobre drogas, do incentivo ao protagonismo juvenil e do fortalecimento da articulação comunitária. Espera-se, com isso, o fortalecimento de fatores de proteção, como o vínculo com a escola, a família e a comunidade, bem como a ampliação da consciência e da autonomia dos jovens em relação às escolhas e aos riscos associados ao uso de substâncias. E além disso, ao criar espaços de escuta, valorização das identidades e participação ativa, o projeto estimula a construção de projetos de vida e participação social”, finaliza Aline.

Público-alvo

O Projeto Horizontes tem como público-alvo, crianças e adolescentes de 6 a 18 anos, jovens e minorias sociais, entre elas, povos quilombolas, indígenas, pomeranos, comunidade LGBTQIAPN+ e a população privada de liberdade. 

A ideia é realizar um diagnóstico local, identificar o público-alvo, elaborar um cronograma e executar as atividades para estimular práticas saudáveis de convivência, autocuidado, valorização das identidades, respeito à diversidade e a promoção da inclusão. 

A iniciativa também atuará em articulação com equipamentos e serviços essenciais nos territórios atendidos, como associações comunitárias, Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS), projetos sociais, unidades de saúde, Centros de Referência da Juventude (CRJs), Centro de Prevenção Comunitária, Organizações da Sociedade Civil (OSC) e coletivos locais. 

A integração com outras Rede de Apoio vai potencializar as ações de prevenção e ampliar o alcance das estratégias adotadas, fortalecendo o apoio comunitário e intersetorial.