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Rede Abraço e Polícia Científica apresentam pesquisa inédita sobre substâncias psicoativas em óbitos por causas externas no Espírito Santo
10/12/2025 11h44 - Atualizado em
10/12/2025 15h10
A Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES) e a Rede Abraço vão apresentar, nesta quinta-feira (11), às 14h, no auditório do Centro de Acolhimento e Atenção Integral sobre Drogas (CAAD Vitória), os resultados da pesquisa “Painel Pericial de Substâncias Psicoativas do Espírito Santo (Paspes)”, financiada pelo Programa Rede Abraço.
O estudo reúne dados sobre a presença de álcool, drogas, medicamentos e agrotóxicos em vítimas de óbitos por causas externas em 11 municípios do Estado: Cariacica, Fundão, Guarapari, Serra, Viana, Vila Velha, Vitória, Santa Teresa, Santa Maria de Jetibá, Santa Leopoldina e Ibiraçu.
A pesquisa buscou estabelecer relações entre a detecção de substâncias psicoativas, o tipo de óbito e variáveis sociodemográficas (sexo, idade e raça/cor), a fim de compreender melhor a influência dessas substâncias nos óbitos.
A coordenação do estudo é de Mariana Dadalto, doutora, perita e chefe do Laboratório de Toxicologia Forense (LABTOX) da PCIES. A pesquisa foi financiada pelo Programa Rede Abraço, por meio do Edital da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), e foi coordenada pela PCIES, em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes), campus Serra.
Dados
A pesquisa utilizou os dados de vítimas de mortes por causas externas examinadas pelo Instituto Médico Legal (IML) de Vitória, entre os anos de 2013 a 2023, e dados de laudos toxicológicos produzidos pelo Laboratório de Toxicologia Forense (LABTOX).
Do total de 7.573 casos examinados pelo LABTOX, mais da metade (51,06%) apresentou resultado positivo para a presença de pelo menos alguma das substâncias pesquisadas. A substância mais detectada nas amostras foi o álcool, presente em 26,9% dos casos, seguida da cocaína e maconha.
O incidente classificado como homicídio foi registrado em um terço (33%) dos casos do Painel. O perfil mais prevalente entre as vítimas são homens pardos, com idade entre 18 e 29 anos. A substância mais detectada foi a cocaína (32,7% dos casos) seguida de álcool (30,8%).
Em todas as ocorrências houve prevalência do sexo masculino, com exceção dos casos de intoxicação exógena (quando uma pessoa fica doente porque entrou em contato com algo tóxico que veio de fora do corpo) — mais comum em casos de suicídio de mulheres. Nesses casos, as principais substâncias detectadas foram os benzodiazepínicos — uma classe de medicamentos que inclui ansiolíticos, sedativos, relaxantes musculares e remédios usados para dormir.
Os resultados detalhados fornecem uma base científica robusta para entender a correlação entre o uso de substâncias e as mortes violentas (acidentes, suicídios, homicídios e outras causas externas), subsidiando o planejamento de ações preventivas e de cuidado.
Os indicadores completos serão divulgados na apresentação pública e também estarão disponíveis no site do Observatório Capixaba de Informações sobre Drogas (OCID) e no site da PCIES.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Imprensa da Rede Abraço
Thiago Almeida
(27) 3636-6229 / 99780-3017
thiago.jesus@seg.es.gov.br
Assessoria de Comunicação da Polícia Científica (Ascom/PCIES)
Comunicação Interna – Michelle Caloni: (27) 99849-7986 / (27) 3198-6024
Informações à Imprensa (Sesp): Olga Samara / Matheus Foletto
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