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Setembro Amarelo: substâncias psicoativas levam a transtornos psiquiátricos e comportamentos de risco
04/09/2024 11h14 - Atualizado em
04/09/2024 11h20
O Setembro Amarelo de prevenção ao suicídio traz uma importante reflexão e intensificação dos cuidados com a saúde mental, além de incentivar o acolhimento e a busca por ajuda dos indivíduos que sofrem com diversos transtornos. Por isso, neste mês, a Rede Abraço quer destacar sobre como o uso de substâncias psicoativas é uma das principais causas de transtornos psiquiátricos, os quais podem levar a comportamentos de risco.
De acordo com o gerente de Articulação de Rede e Atenção Integral sobre Drogas da Rede Abraço, Getúlio Sergio Souza Pinto, também psicólogo especialista em Violência e Saúde, algumas drogas, como cocaína e crack, têm o potencial de levar os sujeitos a um estado de impulsividade, o qual podem colocá-los em inúmeros comportamentos de risco.
"Algumas drogas alteram e têm interfaces com circuitos psicológicos ligados ao comportamento impulsivo ou compulsivo. Se houver alguma tendência ou inclinação ao suicídio, há o risco. Elas são capazes de gerar um estado de sofrimento e angústia no sujeito que podem ser o estopim para um efetivo comportamento suicida", afirma.
Neste ano, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), ocorreram 129 suicídios no primeiro semestre. Em 2023, foram registrados 297 casos, sendo 174 somente no primeiro semestre.
Em relação a dados por intoxicação por uso de drogas de abuso, em 2022 e 2023, foram notificadas nove e seis mortes, respectivamente. Já neste ano, registrou-se sete mortes no primeiro semestre.
Confira, a seguir, as notificações de intoxicações exógenas por drogas de abuso, sem óbitos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o suicídio como a quarta causa de morte mais recorrente entre jovens de 15 e 29 anos, ficando atrás de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Ao todo, mais de 700 mil pessoas morrem anualmente por suicídio, o que representa uma a cada 100 mortes registradas.
Ainda segundo o órgão, o número de suicídios em escala global reduziu em 36%, contudo, nas Américas houve um aumento de 17% nos casos entre os anos de 2000 e 2019. No Brasil, as ocorrências subiram 43%.
Ao todo, no Brasil, 12,6% por cada 100 mil homens em comparação com 5,4% por cada 100 mil mulheres, morrem devido ao suicídio.
Em pesquisas, a Fiocruz constatou que, em 2022, aumentaram as notificações de autolesões no Brasil em todas as faixas etárias que vão desde os 10 aos mais de 60 anos.
Sinais de alerta
Quando o assunto é o uso de drogas, os sinais podem ser encontrados no histórico do acolhido e também em outras atitudes.
- Histórico de automutilação ou de tentativas de suicídio
- Histórico de problemas de saúde mental
- Aumento de comportamento de risco
- Redução abrupta ou interrupção da terapia ou tratamento para uma condição de saúde mental
- Reações intensas e excessivas negativas a um evento estressante
- Experiência recente de um evento traumático
- Falas constantes sobre se sentir preso ou sem saída
- Alterações nos padrões de alimentação ou sono
- Interesse súbito ou obsessivo por religião, morte ou suicídio.
Serviço
Em caso de orientações, os indivíduos podem procurar ajuda nos seguintes serviços:
Serviços Nacionais
CVV
Serviço de Prevenção ao Suicídio e Apoio Emocional
Tel: 188
Site: https://cvv.org.br/
Centros de Acolhimento e Atenção Integral sobre Drogas
CAAD Vitória
Endereço: Rua 13 de maio, nº 47, Centro. Vitória - ES
Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 08h às 16h.
CAAD Cachoeiro
Endereço: Rua Doutor Raulino de Oliveira, 56. Centro. Cachoeiro de Itapemirim.
Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 08h às 16h.
CAAD Linhares
Endereço: Avenida Hans Schmoger, 333. Bairro Nossa Senhora da Conceição. Linhares.
Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h