Rede Abraço realiza seminário sobre dispositivos eletrônicos de fumar e desafios atuais

05/06/2025 17h29 - Atualizado em 05/06/2025 17h31

Nesta quarta-feira (04), a equipe da Rede Abraço de Linhares realizou o Seminário sobre Drogas no município. O evento foi promovido pelo Centro de Atenção e Acolhimento Integral sobre Drogas (CAAD) da região norte do Estado, em parceria com o Conselho Estadual sobre Drogas (Coesad), e teve como tema “Dispositivos Eletrônicos de Fumar: desafios e perspectivas no cenário atual”. 

O seminário teve início com a apresentação cultural da Camerata de Linhares, que, com uma orquestra de repertório diversificado, atraiu a atenção dos presentes. A mesa de abertura foi formada pelo subsecretário de Estado de Políticas sobre Drogas, Carlos Lopes; a diretora operacional do IGES, Janaína Perini Serra Freire; o subsecretário Municipal de Assistência Social, Rony Preato Pião; a diretora do Centro de Especialidades do Município de Linhares; Lucineri Ronchetti da Silva; e o representante da Secretaria de Educação de Linhares, Thiago Gineli. 

De acordo com o subsecretário de Políticas sobre Drogas, Carlos Lopes, a problemática do uso abusivo de álcool e outras drogas em todos os contextos e cenários apresenta-se como uma questão complexa, desafiadora e pública.

“Na Rede Abraço, temos trabalhado de forma efetiva a questão da prevenção - e com olhar atento às várias frentes -, pois entendemos que o tema exige a intersetorialidade como premissa fundamental, ou seja, a articulação e colaboração entre diferentes setores da sociedade, como saúde, educação, assistência social, justiça, segurança e cultura, para enfrentar esses desafios de forma eficaz”, afirmou o subsecretário. 

Desafios para a saúde pública

Durante o seminário, as especialistas em saúde convidadas para a mesa-redonda, mediada pela gerente de Avaliação, Estudos e Informações sobre Drogas, Nathália Borba, também destacaram os principais desafios que o uso do cigarro eletrônico tem causado na sociedade. 

Kessy Bonicenha

Diretora do Núcleo de Atenção às Políticas de Saúde de Linhares (NAPS) e do Núcleo de Referência da Saúde da Mulher (Casa Rosa).

“Os desafios podem ser compreendidos pela ausência de compreensão no sentido de conscientização dos malefícios ao usar o cigarro eletrônico, na percepção que o cigarro comum deixa seus malefícios mais aparentes, enquanto o eletrônico está disfarçado de algo recreativo, prazeroso e inofensivo, porém, ambos fazem mal. E entre nossos principais problemas estão os relacionados às facilidades na aquisição, o comportamento, as mídias sociais e outros.” 

Nathalya Candeias

Enfermeira e pesquisadora na área de saúde

“O cigarro eletrônico provoca irritação nas vias respiratórias e nos pulmões, aumenta o risco de doenças cardiovasculares e respiratórias, expõe o organismo a substâncias cancerígenas e pode gerar dependência química devido à alta concentração de nicotina, entre outros efeitos. Atualmente, os órgãos de saúde enfrentam diversos desafios em relação ao seu uso, como a falta de regulamentação específica, a existência de um mercado ilegal ativo e em expansão, a dificuldade de controlar a publicidade digital, a desinformação generalizada entre os consumidores e a resistência de determinados setores econômicos.”

Indicadores do Programa Estadual sobre Drogas desde 2019