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Espírito Santo registra menos mortes por drogas em 2023, porém álcool ainda é a substância mais nociva
10/04/2025 10h40 - Atualizado em
11/04/2025 13h18

O Portal de Informações do Sistema Único de Saúde (DATASUS) divulgou os registros de 2023 sobre mortes diretamente associadas ao consumo de substâncias psicoativas no Espírito Santo.
Segundo os dados, o Estado registrou 289 óbitos em 2023, um número 8,25% menor em comparação a 2022, quando foram contabilizadas 315 mortes.
É importante destacar que as estatísticas não incluem agravos indiretos relacionados ao uso dessas substâncias como, por exemplo, a cirrose hepática e nem causas externas, cujo risco pode ter sido potencializado por seu consumo.
Para o subsecretário de Políticas sobre Drogas, Carlos Lopes, os números reforçam a necessidade de políticas públicas ainda mais robustas e direcionadas para a prevenção do uso abusivo de álcool e outras drogas entre os capixabas. “Precisamos intensificar as ações de conscientização sobre os riscos do álcool em todas as faixas etárias, promover hábitos de vida saudáveis e oferecer suporte adequado para aqueles que lutam contra a problemática”, afirma Lopes.
Óbitos por transtornos devido ao uso de substâncias
Em 2023, o álcool foi a substância responsável pelo maior número de óbitos. Ao todo, 88,24% dos casos ocorreram devido ao consumo. Em relação ao uso de substâncias psicoativas como cocaína, fumo, alucinógenos, sedativos e hipnóticos, foram indicados 85,81% dos óbitos.
Os dados informaram que a maioria das vítimas pelo uso de substâncias psicoativas está na faixa etária de 50 a 59 anos, representando 31,49% dos ocorridos. Os grupos de 60 a 69 anos (25,26%), 40 a 49 anos (18,69%), 30 a 39 anos (10,73%), 70 a 79 anos (8,65%), 80 anos ou mais (4,5%) e, por fim, 20 a 29 anos (0,69%).
Sobre o perfil racial, pessoas pardas correspondem à maioria dos óbitos (51,9%), seguidas por brancas, pretas e indígenas.
Quando analisado o estado civil, solteiros são os mais afetados (49,13%), à frente de casados (18,34%), e separados judicialmente (14,53%).
A maior parte dos óbitos ocorreu no domicílio (40,48%). Em relação às ocorridas em hospitais foram (37,37%) e outros estabelecimentos de saúde (14,88%).
Os municípios com maiores números de óbitos associados ao uso de álcool e outras drogas foram: Vila Velha, Serra, Cariacica, Vitória, Cachoeiro de Itapemirim, Linhares e Colatina.