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Rede Abraço realiza capacitação para reinserção de acolhidos no mercado de trabalho
08/11/2024 12h01 - Atualizado em
08/11/2024 15h08
A volta ao mercado de trabalho é fundamental para a manutenção da dignidade e reintegração à sociedade dos acolhidos. Pensando nisso, a equipe da Unidade de Acompanhamento para Reinserção Social (UARIS) da Rede Abraço realizou nesta quinta-feira (7), uma capacitação voltada para a Política de Emprego e Renda e intersetorialidade com as demais redes.
A ideia é aprimorar as conexões das referências técnicas dos CAADs e profissionais dos Serviços de Acolhimento Residencial Transitório (SARTs) com outros setores públicos visando inserir, mais facilmente, os acolhidos na qualificação profissional e no mercado de trabalho. Além disso, trazer a perspectiva de diversos empregos e geração de renda para os indivíduos em vulnerabilidade social.
Segundo a assistente social do Sine de Vila Velha, Karine Boldrini Helmer, convidada pela UARIS, essas capacitações levam os profissionais a atingirem outras demandas.
“A importância disso está em que conseguimos fortalecer e criar mais oportunidades para o trabalhador inserido. Não se trata apenas de qualificação profissional ou da experiência dele, mas também de atender às outras necessidades que surgem com a inserção no mercado de trabalho. Quando trabalhamos em rede, conseguimos atingir essas demandas adicionais de forma mais eficaz”, explica Helmer.
Entre os membros participantes da ação, estavam alguns dos coordenadores das SARTs, que comentaram sobre a iniciativa.
"A palestra foi ótima. Acredito que devemos ter sempre mais, pois sentimos que ainda falta um pouco mais de flexibilidade de alguns empregadores, mas não de nossa parte como reinserção social. Creio que futuramente com nossas ações e estudos sobre o assunto, vamos conseguir atender a demanda dos nossos acolhidos com mais facilidade”.
Fundador e Coordenador do Serviço de Acolhimento Residencial Transitório Fênix de Cariacica, Jocimar Guaitolini
“Com essa palestra, adquirimos um conhecimento muito maior sobre o SINE e, a partir disso, seremos capazes de difundir esse conhecimento, principalmente para os nossos acolhidos. Alguns deles sequer sabem o que é o SINE. Eles sabem que ele existe, mas nunca tiveram acesso. Inclusive, há pessoas que já tiveram a carteira assinada, mas nunca utilizaram o serviço.”
Coordenador do Serviço de Acolhimento Residencial Transitório Alfa de Piúma, Pastor Luiz César
Desafios da inserção
A inserção no mercado de trabalho de pessoas com problemas relacionados ao álcool e outras drogas é um desafio, não apenas para as redes de apoio, mas também para os próprios indivíduos, que muitas vezes enfrentam estigma, preconceito e baixa autoestima.
De acordo com a assistente social do Sine Vila Velha, Silvia Renata Rodrigues, é nesse momento que entram os profissionais, que, com interesse pela reinserção social e pelo trabalho coletivo, buscam empoderar esses indivíduos e prepará-los para o retorno à sociedade.
“Atualmente, há vários profissionais da área social que atendem esse público, até porque cada um, dentro da sua especificidade, trabalha as questões relativas ao seu tema. E, juntos, conseguimos contemplar ou, pelo menos, tentar contemplar o todo desse ser. Então esse trabalho coletivo é essencial, não só para nós, profissionais, mas principalmente para aquele que mais necessita, que é o indivíduo que atendemos, o trabalhador que atendemos, a pessoa que atendemos e que precisa ser inserida e ter suas necessidades assistidas pelo poder público”, comenta.
Texto: Júlia Paranhos